Mitos sobre linguagem corporal
- Lara Almeida
- 4 de ago. de 2015
- 3 min de leitura
As pessoas são manipuláveis de forma verbal e não verbal.
O ser humano observa através do seu campo perceptivo muito mais do que a consciência pode admitir. Há uma análise subconsciente que ocorre simultaneamente quando conversamos com alguém. Logo para se fazer uma boa leitura de linguagem corporal e melhorar suas habilidades de relacionamento, exige estudo e prática, certificando-se assim que você seja capaz de compreender a situação como um todo (sabe aquelas pessoas que causam antipatia ou simpatia e fazem com que ponhamos tudo a perder em muitas situações do dia a dia, pois é ao se estudar a linguagem corporal, compreendemos o porquê e conseguimos utilizar a situação em nosso favor).
Nesse texto decidi desmistificar algumas crenças da linguagem corporal comum e que nem sempre são verdadeiras, aliás podem até boicotar sua imagem!
Olhar ou encarar?
Talvez porque muitas pessoas acreditam que ter um olhar esquivo (aquele que não olha muito no olho da outra pessoa) mostra que você está mentindo, você pode ser tentado a olhar fixamente para a outra pessoa para mostrar que você é honesto e sincero. Mas, a menos que você esteja olhando para indicar atração, olhar muito tempo fixamente realmente vai incomodar a pessoa com que você está conversando. O contato visual prolongado pode ser lido como um sinal de invasão ou agressão. O que é mais natural em uma conversa é desviar o olhar em seguida, voltar novamente, ao longo da conversa.
Mãos cruzadas para trás!

O ato de conversar com alguém e manter as mãos atrás das costas indica um gesto de “não confiável” para a maioria das pessoas, uma vez que se esconde as mãos não sabendo o que elas estão fazendo. Já no exército a posição em que as mãos ficam para trás e pernas levemente abertas em paralelo com o quadril mostra descanso e relaxamento. Logo dependendo do contexto você pode ter uma leitura de desconfiança ou de descontração.
Gesticular e falar rápido

Falar rápido e usar gestos assertivos e eficientes (comumente usados por líderes e por políticos em seus discursos) exibe energia e entusiasmo. Entretanto, você pode passar uma melhor primeira impressão usando menos gestos e de forma mais lenta a fala e os movimentos, pois isso indica que você está confiante e no controle. Muita agitação indica ansiedade e inexperiência, provocando assim desconfiança e pouca credibilidade.
Dedinhos das mãos intelectuais?

Cuidado ao utilizar propositalmente o gesto de tocar as pontas de seus dedos juntos para criar uma forma de campanário quando estiver em uma negociação. Este gesto, muitas vezes, é interpretado como um sinal de que você está pensando de maneira inteligente um determinado problema, mostrando assim superioridade, conhecimento e poder decisório perante os outros. Logo é bom que você saiba de fato o que está dizendo, caso contrário o feitiço pode virar contra o feiticeiro e pô-lo em maus lençóis perdendo sua credibilidade.
Tocar – domínio sobre o outro?

Você pode ter ouvido que pessoas que estão no poder ilustram o seu controlo sobre a situação ao tocar nos outros com determinados gestos fazendo deles subordinados: uma mão pesada em um ombro ou um tapinha condescendente nas costas são dois exemplos clássicos. No entanto isso é um equívoco, pois as pessoas de menor status são quem geralmente iniciam o toque, muitas vezes, para promover a amizade com aqueles de maior status. Portanto se você quiser de fato dominância e poder basta lembrar que um aperto de mão firme é a melhor maneira de fazer uma boa impressão. Mantenha qualquer outro tipo de contato elegante, respeitoso e apropriado – forçar intimidade e simpatia pode gerar desconforto.
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